segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ACM NETO É ELEITO PREFEITO DE VALENTE

Na falta do que se comemorar, derrotados em Valente festejam eleição de ACM Neto.

O Democrata ACM Neto, que como o próprio nome informa, é neto do falecido Toninho Malvadeza (digite exatamente assim no google e observe a biografia de quem aparece), venceu a eleição do segundo turno em Salvador com 53% dos votos válidos.

Deputado Federal pelo DEMO (Democratas), foi a segunda tentativa de Grampinho (apelido herdado por conta do escândalo envolvendo o avô, então Senador da República, quando da violação do painel eletrônico do senado) de eleger-se prefeito. Na primeira, em 2008, não chegou nem mesmo ao segundo turno, quando apoiou o atual alcaide João Henrique Carneiro, este eleito por 4 anos consecutivos o pior prefeito do Brasil.

Em Valente, Ubaldino (ex-prefeito cassado e condenado por corrupção), alguns dos seus poucos correligionários que ainda existem e também membros da República dos Amaral, na falta do que comemorar em sua cidade depois de sofrerem uma derrota por 1.027 votos de diferença, quando da eleição do Empreendedor Social Ismael Ferreira (PT) como o prefeito mais votado da história de Valente (quase 8.000 votos), saíram as ruas do município (250km distante de Salvador) para comemorar a vitória de Neto em Salvador, um fato inédito e atípico.

2012 foi o ano dos acontecimentos inéditos em Valente.

Foi a primeira vez que um prefeito foi cassado e condenado por crime de corrupção (Ubaldino Amaral).

Foi a primeira vez que um vice-prefeito foi reeleito (Eduardo Cedraz).

Foi a primeira vez que um político ligado aos movimentos sociais foi eleito prefeito (Ismael Ferreira).

E foi a primeira vez que um grupo político, derrotado em sua cidade (Valente) comemora intensamente a vitória de um candidato por outra cidade (Salvador).

Pelo menos puderam soltar os fogos estocados, comprados com o dinheiro da prefeitura na gestão mentirosa, fraudulenta e maquiada de Ubaldino e que esperavam estourá-los no último dia 7, mas, foram impedidos por 7.914 valentenses que decidiram dar um basta ao seu governo de farsas.

A eleição do neto do capeta é um retrocesso para Salvador e foi mais comemorada em Valente do que na própria Salvador.

Foi o consolo que restou.


2014 - Eles pensam longe.

A informação é de que a comemoração em Valente se deve a suposição de a eleição de Neto em Salvador ser o primeiro passo para a interrupção de uma gestão democrática instituído para todos os baianos a partir da eleição do Governador Wagner em 2006, quando em apenas 6 anos já se fez incalculavelmente muito mais do que se foi feito nos 40 anos em que os carlistas dominaram a rédeas curtas a Bahia.

O pensamento é de que uma possível vitória da oposição em 2014 crie dificuldades para o prefeito de Valente a partir de janeiro, Ismael Ferreira (PT). Estes poucos 'valentenses' acreditam que sendo o próximo governador eleito pelo DEMO ou pelo PMDB, Ismael não terá facilidade de angariar recursos e convênios juntos ao governo, muito diferente do que aconteceu com o ex-líder destes poucos, o ex-prefeito cassado Ubaldino, que foi atendido em tudo e mais um pouco do que requisitou ao governo do PT, com o Governador Wagner, que governa apartidariamente e para todos.

Acontece que o PT não contava com prefeitos de seu quadro e nem mesmo de sua base em Salvador ou Feira de Santana quando venceu os dois últimos pleitos para governador, então o que mudará para 2014? Nada. Melhor, mudará sim, pois o PT fez mais prefeitos na Bahia do que na eleição de 2008 e a base governista elegeu nada menos que 80% dos prefeitos no estado.

Estes poucos 'valentenses' estão olhando apenas para os próprios umbigos. Mas, quando com a turma dos Amaral foi diferente?

2014 ainda está longe, mas, foi o consolo que restou.


ACM Neto (a direita) com João Henrique - eleito o pior prefeito do Brasil por 4 anos consecutivos.