terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

OTTO ALENCAR TOMA POSSE NO SENADO


Otto Alencar toma posse e diz que água será prioridade no mandato


O senador baiano Otto Alencar (PSD) foi o primeiro a fazer o juramento dos 27 novos senadores que foram empossados neste domingo (1º).Em seu discurso, ele destacou o tema água como uma das prioridades do mandato “A principal prioridade, focando o Nordeste do País, vai ser a luta pelo Rio São Francisco. A situação do rio é muito grave. Está morrendo numa velocidade inimaginável. Conheço toda a extensão deste rio, convivi e convivo com as cidades ribeirinhas e vejo a erosão, desmatamento das matas ciliares, não tem nenhuma condição mais de ter captação de água. Uma das coisas mais importantes para as novas gerações é a manutenção dos mananciais de água. É algo que está chamando atenção agora, mas que estamos lutando há muito tempo na Bahia e por isto será uma das minhas prioridades", disse. Otto Alencar destacou, ainda, como prioridade as reformas: política, tributária, trabalhista e do Código Penal. O senador garantiu que dará atenção especial, ainda, a pauta dos trabalhadores. “Sempre estive ao lado dos trabalhadores”, declarou. 

Otto Alencar chegou ao Senado após passar por diversas funções públicas. Foi presidente da Assembleia Legislativa, duas vezes vice-governador – de César Borges, entre 1998 e 2002, e de Jaques Wagner, entre 2010 e 2014 -, e governador tampão em 2002. Eleito neste domingo (5), Otto confirmou que ser senador é a realização da sua carreira e afirmou ter certeza da vitória, mesmo antes do início da apuração. “Nós já tínhamos essa expectativa de ter uma eleição vitoriosa desde agosto”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias. Questionado sobre supostas irregularidades na aquisição dos ferries Zumbi dos Palmares e Dorival Caymmi, tema que veio à tona durante a corrida eleitoral, foi enfático: “não tem polêmica nenhuma”. “É maluquice do adversário”, completou.
 
O senhor comentou que chegar ao Senado era a realização da carreira do senhor. É isso realmente?

É isso mesmo. Eu estava focado nisso. Minha meta era chegar ao Senado. Nunca pensei ser candidato a governador, nunca falei que era. Alguns amigos falavam que era para ser e eu sempre rebati. Estava determinado a lutar pelo Senado e, graças à Deus e à força do povo, eu consegui ganhar as eleições e agora eu assumo uma responsabilidade muito grande, de corresponder à expectativa de quem confiou nas minhas propostas, nos meus projetos, que confiou que eu vou trabalhar muito, intensamente, para fazer aquilo que o País precisa para ajudar Rui Costa com verbas para educação, para saúde, para infraestrutura. De ontem para hoje, depois que a gente ganhou as eleições, que as apurações foram concluídas, minha cabeça só roda a minha responsabilidade para cumprir as minhas metas que foram colocadas no programa eleitoral. A responsabilidade é muito grande e não é fácil você sair do seu estado, com a votação de 55% de votos válidos, e chegar no Senado e não corresponder. Eu quero corresponder, eu quero trabalhar por isso. Sempre foi minha meta e vou cumprir com fé em Deus.
 
A que o senhor atribui a vitória tão expressiva sobre o segundo colocado?

Já esperava isso, de alguma forma. Nós tínhamos pesquisas que indicavam que tanto Rui quanto eu já estávamos passando o candidato do governo da oposição e eu passando para senador já há algum tempo. Eu tenho a impressão que o Ibope colocar no sábado à noite o embate técnico entre eu e o segundo colocado e depois de apurada as eleições eu tenho mais de 20 pontos percentuais acima do segundo colocado, tem alguma coisa errada aí. E se por acaso, as pesquisas podem alterar a cabeça do eleitor, não altera de jeito nenhum. Não vai mudar a cabeça do eleitor. O eleitor está focado no projeto, naquilo que ele vê, naquilo que ele acredita que pode ser feito. Não alterou absolutamente nada. Nós já tínhamos essa expectativa de ter uma eleição vitoriosa desde agosto. Em agosto, eu falei com Rui no comício em Ibicaraí (no sul do estado), à noite, tarde da noite, com chuva, seis mil pessoas esperando a gente. Acho que foi 27 ou 28 de agosto. Eu disse: “olhe, vamos ganhar as eleições”. Porque chegamos atrasado para um comício, duas horas atrasado e o povo ficou esperando tanto eu quanto Rui discursar. Quando cheguei e vi o povo esperando – porque eu esperava não ter mais ninguém lá -, eu falei: “pode ter certeza que nós vamos ganhar as eleições”. Foi quando começou a ter aquela participação popular muito grande. Já era uma coisa esperada. Tanto eu quanto ele, nós nunca perdemos a compostura, o equilíbrio emocional, a calma, a tranquilidade, porque nós estávamos conscientes de que venceríamos as eleições. 
 
Como será a sua relação com os outros senadores a partir de 2015?

A melhor possível. Democrática, respeitosa. Sempre convivi bem com todo mundo. Quando fui do Executivo, quando fui do Legislativo. Fui deputado três vezes. Mais votado duas vezes. Fui presidente da Assembleia Legislativa, em 1995-1996, fui líder do governo, fui líder da oposição. Já passei por todos os cargos. Só faltava ir para o Senado. Já fui governador, vice-governador. Eu tenho muita tranquilidade, muita determinação no que eu faço, então eu não creio que vá ter problema nenhum.