segunda-feira, 25 de maio de 2015

RUI COSTA COBRA A DEVIDA ATENÇÃO À BAHIA POR PARTE DO GOVERNO FEDERAL


Governador Rui Costa
Para quem se acostumou ao completo silêncio da maior liderança institucional do Estado na última década em relação ao governo central, independentemente de seus erros e acertos referentes à Bahia, as críticas recentes do governador Rui Costa (PT) ao “agigantamento” da burocracia federal acenderam a expectativa de que finalmente há alguém aí disposto a defender os baianos na selva política que caracteriza Brasília. Não se pode dar às palavras de Rui maior dimensão do que efetivamente tiveram na solenidade de posse do ex-presidente da Caixa, Jorge Hereda, como seu novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, na semana passada.
Rui Costa não deixou passar batida a oportunidade de firmar posição, ao aludir à sensação de inutilidade que inspira, num governante, uma máquina federal agigantada e extremamente cara ao contribuinte quando se analisa a dificuldade de atendimento de pleitos legítimos e cruciais para municípios e Estados pobres como a Bahia.
Mas se, na condição de presidentes do país, primeiro Lula e, agora, Dilma, acostumaram-se a encontrar na Bahia um parceiro político passivo, que sempre se acomodou às injunções em favor de Estados vizinhos como Pernambuco sem nada cobrar, sob o discurso de que faziam parte de um mesmo grupo de grandes amigos, o cenário parece prestes a mudar. Rui Costa tem apenas quatro meses como governador. Pelo pouco tempo de gestão e a trajetória que trilhou até eleger-se, deve estar ainda se sentindo devedor de sua vitória a Wagner e a Dilma, mas, mesmo assim, já começou a berrar. Ademais, o perfil do governador, em que inclui-se clara devoção à Bahia, está longe de caracterizar um resignado. Ainda bem, porque é exatamente de um guerreiro do que os baianos mais precisam neste cenário brasiliense de salve-se quem puder.