sexta-feira, 27 de junho de 2014

TUDO SOBRE A CONVENÇÃO QUE HOMOLOGOU A CANDIDATURA DE RUI COSTA GOVERNADOR E OTTO ALENCAR SENADOR



Em convenção, Rui Costa volta a criticar 'elite' baiana: Não gostam do PT por que o partido trabalha para quem mais precisa
Depois de creditar o sentimento de antipetismo à “insatisfação da classe média com os avanços sociais”, o candidato à sucessão do governador Jaques Wagner, Rui Costa (PT), voltou a criticar as camadas sociais mais abastadas, em discurso na convenção estadual do partido, nesta sexta-feira (27), em Salvador. Ele relembrou a infância no bairro da Liberdade, em Salvador, e o estímulo da família para que estudasse para sair da pobreza antes de se tornar deputado federal. Em seguida, começou a reclamar daqueles “que nunca gostaram de gente pobre, que nunca acreditaram nos mais carentes”. “Alguns da elite brasileira ficam discutindo na internet, que xingam a senhora. Fui convencer uma dessas pessoas da elite a votar na nossa chapa”, disse. O petista conta, sem citar o nome, o caso de uma “patroa” do sudoeste baiano que negaria adesão à sigla por conta de um episódio com a empregada doméstica. A funcionária teria afirmado que não poderia trabalhar em um domingo, porque ia ao cinema com a família, ao utilizar o benefício do Vale Cultura. “Essa patroa de Vitória da Conquista, que se considera a elite da elite, disse: 'Vê se pode a ousadia que o PT tá dando a esse povo'. É esse povo [elite], presidenta, que xinga a senhora”, argumentou.
Rui também falou da origem carente para elogiar o aumento no número de escolas técnicas durante os governos do ex-presidente Lula e da atual mandatária Dilma Rousseff, ambos petistas presentes no evento. “Eu estudava em escola técnica, porque minha família era muito pobre e eu sabia que precisava começar a trabalhar logo. Eu fui estudar na única escola técnica que tinha, que ficava no Barbalho. Hoje, depois de Lula e depois de Dilma, nós chegaremos a 30 escolas técnicas espalhadas pelo estado”, afirmou. Em discurso direcionado à chefe do Executivo nacional, o parlamentar ainda disse acreditar na eleição da chapa governista em primeiro turno. “Porque não foi o governador Jaques Wagner quem botou água no Rio São Francisco. Foi Deus quem botou água no São Francisco. O que ele [Wagner] fez foi ter coragem e vontade de chegar para a presidente e dizer: ‘Na região, vai faltar água e eu preciso trazer uma adutora’”, justificou. Rui também destacou o aumento de universidades federais, os benefícios dos programas Água e Luz Para Todos, e Minha Casa Minha Vida, além da construção de estradas na Bahia.

Com o PT os menos favorecidos nos governos do PSDB e DEM voltaram a ter dignidade, diz Lula em convenção de Rui Costa  
O ex-presidente Lula, durante discurso na convenção que homologou a candidatura de Rui Costa (PT) a governador da Bahia, avaliou como “obrigação politizar a campanha, para que se possa comemorar a vitória de Dilma e Rui Costa no primeiro turno”. O petista teceu um rosário de alfinetadas à oposição, principalmente quando tocou no assunto Copa do Mundo, e orientou a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, como proceder, depois de ter sido vaiada na abertura do torneio. “A resposta que você tem que dar a todos aqueles que falaram palavrões para você na abertura do Mundial, é um sorriso. A resposta que você tem que dar é mostrar que aqueles que não queriam a Copa estão tendo que conviver com a Copa mais extraordinária que já se viu”, avaliou. Ainda para reforçar a tese de propor o embate, o ex-presidente questionou o comportamento dos que “querem voltar ao poder”. “Eles se esquecem o que era o desemprego em 2002? Se esquecem que no tempo deles não aparecia corrupção nos jornais? Que eles jogavam embaixo do tapete e nós tiramos o tapete. Podem juntar todos eles, para saber se criaram 50% dos instrumentos de fiscalização que nós criamos neste país. Só há um jeito de a pessoa não ser presa nesse país: é não roubar. Se roubar, vai ser pego. Pode ser parente ou aderente. Tem que ser punido porque político não foi eleito para roubar”, declarou.
Em outro momento, Lula pediu a atenção dos jornalistas presentes ao evento: “Eu quero me dirigir especialmente à imprensa, agora. Eu sou filho de uma mãe que nasceu e morreu analfabeta. Meu pai nasceu e morreu analfabeto porque não tinha o Prouni. Quando cheguei  na Presidência, nove estados do Nordeste não tinham escola para crianças estudarem o segundo grau. Mas, eu aprendi com a mãe analfabeta que andar de cabeça erguida é uma conquista que independe do grau de escolaridade: depende da educação que você teve na família”, afirmou, ao voltar a mirar na oposição. “Eles não dizem, mas é importante lembrar: no governo deles, nenhum escândalo foi investigado até as últimas consequências. A primeira medida que eles tomaram foi o Decreto 1.376/99 que instituiu a Comissão Especial de Investigação, criada pelo [ex] presidente Itamar Franco. Eles nomearam um procurador-Geral da República que ficou oito anos sendo chamado de ‘engavetador’. Estou contando isso, porque como tem muito jovem que não viveu a política desse país e fica, muitas vezes, ouvindo e assistindo coisas mentirosas, nós temos que comparar nós e eles, todo o santo dia”, sugeriu. Para finalizar, o petista exaltou as figuras dos companheiros. “Conheço a alma da companheira Dilma e do companheiro Rui e eu posso dizer para vocês: a gente não tem o direito de permitir que haja nenhum retrocesso nesse país. A gente aprendeu a comer contrafilé, agora a gente quer comer filé. A gente andava de pau-de-arara, agora a gente está andando de avião. Durante essa campanha nós temos que ser o candidato. Cada um de vocês vai ter de se transformar em cada um deles”, clamou. 

Oposição mente, diz Dilma. Parece que aprenderam com o desgoverno do ex-prefeito cassado de Valente                        
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, usou o seu discurso durante a convenção estadual do PT que oficializou o nome de Rui Costa como postulante ao governo da Bahia, na manhã desta sexta-feira (27), no Parque de Exposições, em Salvador, para falar sobre a realização da Copa do Mundo no país. Para a petista, as vaias que ela recebeu na partida de abertura do torneio, na Arena Corinthians, em São Paulo, foram "xingamentos de uma política desqualificada". "Estar aqui na Bahia é para mim um momento muito especial. Me sinto fortalecida por essa força que emana da energia de cada um e de cada uma. Nessa eleição nós vamos ter momentos muito difíceis, porque quem não tem argumentos apela e usa todos os artifícios, especialmente a mentira", atacou.
Segundo a mandatária, o Mundial foi "um momento de grandes mentiras". "Há um tempo atrás diziam que não ia ter Copa e, se tivesse, seria um fracasso porque os estádios não estavam prontos, e os estádios estão todos prontos, vocês podem ver a Fonte Nova", exemplificou, ao rebater ainda as críticas às obras de mobilidade e de reforma e ampliação dos aeroportos, às quais considerou que fluíram "dentro da normalidade". "Mentiram sistematicamente sobre a Copa e isso também se expressou em uma superestimação no povo brasileiro, que está dando um show de bola dentro dos estádios, pois somos generosos, alegres, e nós temos isso [comprovado] em cenas fantásticas de congraçamento, de amizade, entre brasileiros e turistas de todo o mundo", opinou, ao citar um dueto entre a banda da Polícia Militar e da torcida holandesa durante a execução da música "Aquarela do Brasil". "Isso abriu toda a cerca que separava a torcida", completou. Ao conclamar os presentes, estimados pela organização do evento em 20 mil pessoas, a votar na chapa governista, tanto em nível local quanto federal, ela disse que a população deve exaltar a administração petista, desde o ingresso no poder do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. "Nós vamos ter como rebater a mentira e a desinformação nessa eleição. Nós fizemos muitas coisas e temos que nos orgulhar desse país e não nos envergonhar, como querem alguns. Assim como não temos nada que nos envergonhar da Copa do Mundo, a Copa das copas, não temos porque nos envergonhar desses 11 anos, porque fizemos muito", sugeriu.

Tiveram 8 anos e não fizeram, agora dizem que vão fazer! Estão subestimando a inteligência do povo baiano, diz Wagner, sobre Paulo Souto. 
O discurso de não voltar ao passado, adotado pelo PT em campanha nacional, foi o tom da fala do governador Jaques Wagner durante a convenção estadual do partido na manhã desta sexta-feira (27), realizada no Parque de Exposições, em Salvador. Sem falar diretamente do seu antecessor Paulo Souto, concorrente do petista Rui Costa ao comando do Estado, ele criticou o que considerou como "retrocesso". “A Bahia e o Brasil têm que melhorar e mudar, mas olhando para frente e não voltando aos que quando estiveram aqui no meu lugar não fizeram, e agora se propõem fácil no palanque eleitoral. Quem não fez quando pode não vai fazer quando puder”, afirmou, em enunciado aos militantes, correligionários e aliados presentes. Em seu último ano de governo, Wagner defende que o principal triunfo que carregará ao deixar o cargo é “a alegria de ter mudado a política na Bahia”. “Essa mudança eu sei que cada prefeito e vereador reconhecem: ‘Esse aí nunca perseguiu ninguém’. Porque eu acho que quando a gente é eleito governador, se elege com a nossa turma, mas governa com todos. Os que vieram antes de mim não pensaram assim. É por isso que eu acho que a Bahia e o Brasil não podem andar para trás”, discursou.
Em apoio aos candidatos à sucessão ao Palácio de Ondina, Rui Costa (PT), a vice, João Leão (PP), ao Senado, Otto Alencar (PSD), e à própria presidente Dilma Rousseff, o gestor fez um apelo aos presentes para que participem da campanha: “Eu queria pedir, com esse carinho que a gente construiu, na nossa relação, nesse respeito com cada um de vocês, nos ajude, me ajude. (...) A partir de 1º de janeiro, eu quero ver Rui governador, Leão, vice, Otto, senador, e Dilma Rousseff, presidente da República”, conclamou. A mandatária e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram presentes na convenção.

'Não renego a minha história, mas estou do lado do governador que trabalhou pela Bahia', diz Otto 
Candidato ao Senado na chapa encabeçada por Rui Costa (PT), Otto Alencar (PSD) exaltou o passado, quando era ligado ao falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães, ao tempo em que referendou o governador Jaques Wagner (PT). “Tenho a vida política longa. Trabalhei com outros líderes políticos da Bahia e não renego a minha história. Pelo contrário, me orgulho do que fiz como secretário da Saúde, como secretário da Indústria e Comércio, como governador por um ano. Mas, posso lhes dar um testemunho: estou ao lado de um governador que trabalhou, que é ético, honesto, correto que tem o que mostrar e vai mostrar no momento oportuno o que fez pela Bahia. O senhor não precisa de advogado não, mas, onde eu estiver, vou falar”, relatou. O ex-titular da Infraestrutura disse ainda que aposta na vitória da chapa governista por ter visto a "transformação" nos sete anos de governo do PT. “Minha convicção é em função do que eu vi de transformação na minha Bahia. Em 2002, fui governador. No primeiro turno, apoiamos Ciro Gomes, no segundo turno, o presidente Lula, que teve uma vitória retumbante. A partir de 2003 o meu estado e o meu povo viveram uma transformação seguida hoje pela presidente Dilma. Eu quero perguntar a vocês: ‘Valeu ou não valeu a pena fazer o Bolsa Família'? Valeu sim porque nós temos aqui baianos, como em todo Brasil, que não tiveram escolaridade e que andavam de ponta em ponta procurando uma condição para sair da desnutrição e saiu com o Bolsa Família”, listou, ao voltar a exaltar o governador Jaques Wagner: “Tenha certeza, eu que lhe acompanhei nesses três anos e quatro meses e fiz um amigo da empatia. Dois homens independentes que se uniram para fazer uma campanha, ele para governador e eu para vice. Hoje, eu venho humildemente, com a humildade da educação familiar que a gente recebe no interior da Bahia, mas com a firmeza de um homem que não sabe fraquejar em hora nenhuma, para dizer a vocês: A Bahia mais forte no Senado é ter um senador que ajude a presidente Dilma Rousseff", apostou. 

Apoio do PR e PTB a Rui Costa estão garantidos, diz Wagner 
O governador Jaques Wagner afirmou, em conversa com jornalistas após a convenção estadual do PT, nesta sexta-feira (27), que está seguro de que o PR e o PTB serão aliados da chapa situacionista. “O PTB já anunciou e o PR deve anunciar entre segunda e terça-feira”, garantiu. A indefinição sobre a coligação com as siglas foi levantada com a incerteza do apoio das siglas à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PTB marchará ao lado do adversário da petista, Aécio Neves (PSDB), e o PR se alinhou com a mandatária mediante a transferência de César Borges do Ministério dos Transportes para a Secretaria dos Portos. “A questão nacional foi decidida a nível nacional. A questão aqui foi decidida no diálogo que a gente tinha. Eu conversei tanto com [os deputados] José Rocha quanto com João Carlos Bacelar. Eu não tenho nenhuma dúvida de que o PR estará na nossa coligação”, assegurou o governador. De acordo com Wagner, a anuência do PMN e do PPL ainda é trabalhada pelo PT. “A oposição está vendendo uma mentira, porque passa a ideia de que está conquistando. Eles, separados, tinham 8 minutos e 10 segundos e eu tinha 5 minutos [na última eleição]. Rui [Costa] hoje vai ter 7 minutos e 40 segundos e eles diminuíram para sete. Mentira tem perna curta. O único partido que saiu da base, que estava com a gente desde 2010, foi o PRB. E nós conquistamos o PR, o PTB e o PSD”, defendeu. O petista avalia que as pesquisas que indicam o seu candidato, Rui Costa (PT), em terceiro lugar entre os postulantes ao Palácio de Ondina, são “precipitadas” e o cenário irá mudar com o início da propaganda de rádio e TV. “Ele é desconhecido porque nunca foi candidato [a governador]. Ele já foi vereador mais votado pelo PT, o terceiro deputado federal mais votado da Bahia. Foi quem botou o metrô para rodar. O povo vai conhecer ele a partir do programa de rádio e televisão”, argumentou. 

Leão diz que história da Bahia pode ser dividida em 'antes e depois' de governo Wagner-Lula 
O candidato a vice-governador na chapa do petista Rui Costa, João Leão (PP), fez um discurso de apenas dois minutos, durante a convenção estadual do PT, direcionado a militantes, correligionários e aliados que participavam do evento na manhã desta sexta-feira (27). Ao ser referir ao postulante ao Palácio de Ondina, o pepista o elogiou como “uma das grandes figuras que encontrou em sua vida”. “Ao lado do meu colega Otto Alencar, essa figura que a Bahia admira e vai colocar lá no Senado”, completou. Leão chegou a afirmar que a trajetória da Bahia pode ser dividida em dois períodos após o governo Jaques Wagner (PT), com apoio do ex-presidente Lula (PT), ambos presentes no palanque. “A Bahia tem sua história antes de Lula e de Wagner e depois de Lula e de Wagner”, disse. “Implantamos a Ferrovia Oeste-Leste. Já deixou de ser sonho e passou a ser realidade. Já tenho 12 mil pessoas trabalhando na obra”, continuou. O candidato a vice declarou aos militantes que “vale a pena acreditar”. “O sonhos se transformam em realidade e o seu sonho, o do povo da Bahia, Rui Leão e Otto vão realizar”, prometeu. Além de Lula, a presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), e outras autoridades também estão no palco. 

Rui Costa

Jaques Wagner

Presidenta Dilma 

Convenção de Rui Governador 13

Rui com a família

Não poderia faltar o pai dos pobres, o mito: Lula

Lula, Otto, Leão, Rui e Dilma

Otto Alencar Senador

João Leão vice-governador

Estes são os candidatos do PREFEITO ISMAEL