Na iminência de uma derrota na
eleição indireta que será realizada nesta quinta-feira, funcionários da
prefeitura de Valente foram flagrados na tarde de hoje (quarta 29) saindo da
prefeitura e de outros setores, como a secretaria de saúde, com computadores e
outros materiais. Pelo menos meia-dúzia de máquinas foram comprovadamente retiradas
do prédio da prefeitura e transportadas por Patrício Oliveira (vulgo Ceará),
irmão do candidato a vice de Zenóbio Cedraz.
Informações dão conta ainda de que passaram toda a madrugada de terça para quarta retirando outros materiais, feito que poderá ser repetido nas madrugadas seguintes, até a posse do prefeito eleito na eleição indireta, que só acontecerá no sábado.
O destino dos computadores, que
contém informações do período em que durou o governo do ex-prefeito cassado
Ubaldino Amaral é desconhecido. A causa, no entanto, é clara: Esconder as centenas
de dados que podem comprometer os coronéis da República dos Amaral.
O Ministério Público e a Polícia
Civil já estão a parte do ocorrido e devem tomar as providências cabíveis.
O vereador Agnaldo, candidato a
prefeito na eleição indireta, favorito a vencer a eleição para concluir o
mandato iniciado pelo ex-prefeito cassado se mostrou preocupado com o fato e
afirmou que se eleito acionará formalmente a justiça e prestará uma queixa-crime
contra o acontecido tão logo tome posse.
Desde o inicio da semana outros
materiais, equipamentos e maquinários estão sendo retirados gradativamente de
todos os setores da prefeitura, a exemplo da secretaria de ação social, cuja
secretária é a filha do ex-prefeito cassado e carros oficiais estariam sendo sofrendo desmanches, tendo pneus e peças saqueadas.
Rumores dão conta também de que o prefeito eleito na eleição desta quinta encontrará uma prefeitura em total desordem, provocada intencionalmente afim de prejudicar a administração do novo prefeito. Senhas de computadores seriam trocadas e papéis e gavetas estariam desorganizados afim de atrapalhar a nova administração.
E o descaso pode ir além. Funcionários prestadores de serviço, como os motoristas de ônibus e vans estariam sendo orientados pelo ex-prefeito cassado, Ubaldino Amaral, a 'cruzarem os braços', prejudicando o transporte escolar, principalmente.
Se tudo isso se confirmar, o prefeito interino Vado poderá ser processado pelo Ministério Público por improbidade administrativa, podendo ter os seus direitos políticos suspensos por até 8 anos.
Estão com medo de quê? O que estão querendo esconder?