Numa tentativa de amenizar o caos financeiro herdado da gestão do ex-prefeito cassado, o prefeito Ismael Ferreira (PT) decidiu 'cortar na carne', reduzindo o próprio salário.
Além do próprio salário, o prefeito anunciou redução em 10% das remunerações de todos os secretários e diretores do governo.
O repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) aumentou a receita do município em apenas R$ 40 mil, em contrapartida, somente na folha de pagamento ocorreu um aumento de quase 4 vezes mais este valor, por conta do aumento do salário mínimo para R$ 678,00.
Isto sem contar a grave situação financeira herdada da gestão do ex-prefeito cassado, com dívidas milionárias junto a previdência social, FGTS e companhias telefônicas, de eletricidade e de saneamento.
A medida tem ainda foco na tentativa da diminuição do índice de pessoal (o permitido pela lei a ser gasto com o funcionalismo público), que hoje beira os 60% quando o permitido é de 54%.
Para se ter uma ideia, o município próximo de Teofilândia, que vive problema similar, anunciou a demissão de 200 funcionários públicos para conter a crise naquele município. Em Valente, o prefeito trabalha para que demissões não sejam necessárias, mas a possibilidade não é de inteiro descarte, pois, segundo a assessoria de comunicação do governo, através do site oficial da prefeitura, o prefeito fala em necessidade de contenção de despesas na ordem de R$ 300 mil para tentar evitar a reprovação das contas do governo, no entanto, com a medida de redução dos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e diretores, esta redução ficará em torno de apenas R$ 100 mil.
Numa prefeitura os repasses são divididos por setores e não se é permitido o remanejo de valores, por isso são infundadas as criticas da oposição de que se tem dinheiro para realização de festas e não dispõe de recursos para outras atividades.
O prefeito Ismael reduziu o próprio salário para ajudar na contenção da crise financeira que assola todas as prefeituras do país.
